Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), com apoio das equipes da 14ª DP (Leblon) e da 13ª DP (Ipanema), prenderam, no fim da tarde desta terça-feira (13/05), um homem considerado um dos criminosos mais violentos em atividade no Rio de Janeiro, especializado em roubos a agências bancárias e condomínios de luxo, principalmente na Zona Sul. Ele trabalhava como pedreiro para ter acesso aos prédios e facilitar a prática dos crimes.
A captura foi resultado de investigação da DRF e se deu com base em dados de inteligência da unidade. Ele foi localizado justamente enquanto trabalhava como pedreiro, no Leme. A ocupação era uma estratégia para ter conhecimento da rotina dos moradores e monitorar a estrutura dos edifícios, com o objetivo de identificar possíveis vítimas e planejar os roubos.
O criminoso é apontado como autor de pelo menos cinco roubos violentos, sendo um deles o ataque a uma agência bancária na Penha, em 11 de dezembro de 2024. Na ocasião, a quadrilha utilizou armas de fogo e até uma granada para ameaçar funcionários e clientes, com o intuito principal de subtrair o cofre do banco.
Outro crime que chocou pela ousadia ocorreu em 21 de dezembro de 2024, no bairro de Copacabana. Moradores de um prédio residencial foram feitos reféns e mantidos sob forte ameaça. Um vizinho foi utilizado como escudo humano pelos criminosos, que o forçaram a tocar os interfones de outros apartamentos para enganar as vítimas e facilitar a entrada do grupo. Um comparsa do criminoso chegou a ser preso em flagrante, mas ele conseguiu fugir.
O bandido também está envolvido no roubo de uma cobertura no Leblon, em 14 de dezembro de 2024, assim como de outros apartamentos no mesmo bairro, dois dias antes. Ele teria ainda empreendido novos esforços em ações criminosas que culminaram com o roubo de outro apartamento em Copacabana, em 20 de dezembro de 2024. Em uma das ações, inclusive, uma moradora idosa foi agredida e ameaçada para revelar onde guardava joias e valores em espécie.
As investigações da DRF demonstraram que o homem atuava de forma articulada, reunindo comparsas experientes e utilizando extrema violência nas abordagens. O uso de fardamentos, rádios comunicadores e armamento pesado era comum nas ações do grupo. Contra ele e contra o comparsa, foram cumpridos mandados de prisão. As diligências continuam para apurar o envolvimento de outros integrantes.