Policiais civis da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) prenderam, nesta quinta-feira (22/05), um homem acusado de matar e esconder o corpo da ex-companheira. O crime foi praticado no dia 29 de março deste ano, em Santa Cruz, na Zona Oeste.

As investigações tiveram início com o registro do desaparecimento de Daniele Sanches. Após o irmão da vítima apresentar áudios nos quais o companheiro da vítima confessava o crime, as investigações evoluíram para apurar homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Segundo as informações iniciais, o companheiro de Daniele mantinha com a vítima uma relação abusiva, com histórico de agressões físicas contra os enteados e constantes ameaças. A separação do casal, ocorrido semanas antes do fato, não impediu o contínuo contato entre as partes, motivado pelo filho em comum, de 2 anos.

As investigações demonstraram ainda o possível envolvimento de um adolescente, de 17 anos, acolhido pelo autor no seio familiar. A presença dele gerava crescente tensão e conflitos com a vítima, assim como a de outro adolescente, de 16 anos. Os casos envolvendo os adolescentes são apurados em procedimento separado.

De acordo com testemunhas, o acusado e o adolescente, de 17 anos, teriam arquitetado a morte de Daniele em virtude de ciúmes, ameaças judiciais e desavenças familiares.

No dia do crime, o criminoso teria atraído a vítima usando o falso pretexto de reconciliação. Ela foi levada até um matagal, na localidade conhecida como Santa Veridiana, onde foi amordaçada, algemada e morta com golpes de faca. Em seguida, o corpo foi incinerado com auxílio do outro adolescente, que participou da compra de combustível para carbonizar o cadáver.

Após diligências e cruzamento de dados do Setor de Inteligência, os policiais identificaram o acusado e a localização exata da ossada da vítima. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada para perícia e remoção do cadáver carbonizado.

Com base em todos os elementos colhidos, incluindo a confissão circunstanciada do autor, a autoridade policial representou à Justiça, que concedeu a prisão preventiva do suspeito por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.