Policiais civis da 15ª DP (Gávea) deflagraram, nesta sexta-feira (08/08), uma ação contra uma quadrilha especializada no golpe da falsa entrega de exames hospitalares. Durante diligências em um apartamento utilizado pelos criminosos, nos acessos à comunidade do Vidigal, os agentes apreenderam 40 máquinas de cartão, duas motocicletas, vestimentas utilizadas pelo grupo e oito cartões no nome das vítimas.
A ação ocorreu após intenso trabalho de inteligência e cruzamento de dados da unidade, que indicou a localização dos golpistas em uma comunidade na Zona Sul. Segundo os agentes, a quadrilha escolheu o local por ser frequentemente alugado por turistas e, por isso, não chamaria atenção pela rotatividade de pessoas.
As diligências desta sexta são um desdobramento de uma ação da 15ª DP, de fevereiro deste ano, onde dois integrantes da quadrilha foram presos em um hotel na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Os golpistas são do estado de São Paulo e retornaram para o Rio de Janeiro em julho, quando começaram a surgir novas ocorrências com a mesma dinâmica. Somente no último mês, os criminosos vitimaram pelo menos 10 pessoas e utilizaram quatro motocicletas para a empreitada criminosa.
As investigações apontaram que a quadrilha se passava por uma central de atendimento e entrava em contato com pacientes que haviam realizado exames em um hospital. Os criminosos informavam que os laudos estavam disponíveis e ofereciam o serviço de entrega. Pelo telefone, os golpistas repassavam todas as informações sobre o exame realizado. A vítima não desconfiava da ação do grupo e aprovava o recebimento do laudo em sua residência.
De acordo com os agentes, no momento da suposta entrega, o falso entregador informava ser necessário o pagamento de uma taxa de até R$ 10, mas, ao passar o cartão na maquininha, ele alegava que o equipamento estava apresentando erro. Desta forma, a vítima acreditava não ter desembolsado nenhum valor, o que impedia a entrega. Quando os alvos da quadrilha acessaram o extrato do cartão, constataram débitos não autorizados em suas contas bancárias. O prejuízo gerado pela associação criminosa podia chegar a até R$ 120 mil por pessoa.
As investigações continuam para localizar e capturar todos os integrantes da associação criminosa.