A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) indiciou o contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, o "Adilsinho", pelos homicídios de Marco Antônio Figueiredo Martins, o "Marquinho Catiri", e de Alexsandro José da Silva, o "Sandrinho". Segundo as investigações, ele seria o mandante dos assassinatos, motivados por disputas na exploração de jogos de azar. A autoridade policial representou pela prisão preventiva de Adilsinho.

Há três semanas, já havia um mandado de prisão temporária pendente contra ele, e as equipes da DHC e da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil vêm realizando buscas para capturá-lo. Informações de inteligência dão conta de que ele estaria fora do país.

Os homicídios ocorreram em novembro de 2022, na comunidade do Guarda, em Del Castilho, Zona Norte do Rio. As investigações revelaram que os autores realizaram vigilância da movimentação de Marquinho Catiri durante um ano e usaram drone e câmeras de monitoramento para acompanhar sua rotina.

Os homicídios foram encomendados por conta de um conflito entre organizações criminosas que atuam na exploração de jogos de azar no Centro e em bairros das zonas Norte e Sul da capital. As vítimas estavam associadas ao contraventor Bernardo Bello e foram executadas por um grupo de indivíduos ligados a Adilsinho. Dentre os executores, três já foram identificados e indiciados. Após a morte de Marquinho Catiri, Adilsinho assumiu a exploração da região anteriormente explorada por Bernardo Bello.

As informações obtidas ao longo da investigação permitiram identificar uma sequência de homicídios praticados pela organização criminosa comandada por Adilsinho, sendo todos eles motivados por questões relacionadas à disputa pela exploração ilegal de cigarros ou de jogos de azar, em especial caça-níqueis e jogo do bicho.